sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Hello, december

E então chegou Dezembro. Dezembro. Mês de festividades. De analisar o ano que passou e de planejar o que está por vir. Planejar nada, só espero que passe sem contas pra pagar. O resto a gente vai ajeitando aos poucos. Essa coisa de ficar desejando um ano melhor, patati, patatá é a mesma coisa todo ano. E convenhamos? Se for listar o que desejou e o que aconteceu: de 10, talvez 5 ocorram. E dentre elas não está a mercedes-benz que você quis ganhar do sorteio de Natal. Não mesmo.

Digno do mês de Dezembro: ler todos os meus textos e ver com outra perspectiva, o que eu pensava antes e analisar o que mudou. E olha, como dei risada. Vi o quanto amadureci em algumas ideias, o quanto dramatizei em outras e me conclui feliz. 

Fazendo uma recapitulação geral desse ano: foi melhor do que eu imaginava. Passei uns perrengues, chorei, sofri, mas o importante é que emoções eu vivi...Mentira. Esse ano me acrescentou em muitas coisas. Ganhei responsabilidades, sorrisos, amigos e só tenho a agradecer. O que de ruim aconteceu, tirei de letra. Não tô aqui firme e forte? Rá.

Então senhor 2012, se for pra acabar o mundo...manda vir! Tô preparadíssima pra morrer. 
Mentira.

Que venha mais um ano de realizações e coisas boas...E o que vier de ruim? A gente manda pro inferno! Fui.


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sobre os silêncios que perduram

Daquelas palavras que são digeridas no palpitar dos segundos. Das coisas mal resolvidas, que por si só mal entendidas. Do que tinha que ser dito. Digere-se. Mascam, engolem à seco e mascaram-se. E se acrescentam num enovelado infindável de um vazio (in)finito. Das brisas que acalentam. E o silêncio. Silêncio que passa (que pesa). Que perdura a fala. Que salienta os olhos e que se esvai aos poucos. Silêncio tardio desfeito pelos mesmos devaneios de outrora...que arrebata e invade como se conhecesse o caminho de todos aqueles sentidos. Caminho que se re-faz e se des-faz naquele mesmo imaginário utópico, daquelas únicas sensações que agora encontram-se camufladas nesse (des)caminho com gosto de lembrança. Dessas almas não entregues por inteiro e do incômodo que se faz e não se esvai nesses temporais silenciosos, desse inevitável cotidiano interior. 



sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Crônica desconhecida

Procuro desconhecer. Desconhecer as letras, para me deitar nos espaços em branco. Desconhecer os números, para acreditar no infinito. Desconhecer quem me conhece, para descobrir devagar, de olhos fechados, os segredos de cada sorriso. Desconhecer as casas, para me enganar e entrar numa qualquer como se fosse desde sempre. Desconhecer o tamanho do meu pé, para experimentar ser Cinderela. 

Desconhecer a minha mãe, para lhe dar mimos como se estivesse por dentro. Desconhecer todas as avós do mundo, para inventar uma igualzinha à minha. Desconhecer as plantas dos meus vasos, para lhes dar água como se fossem bocas. Desconhecer os beijos, para me deixar estar. Desconhecer as palavras, para acreditar no que se diz. Desconhecer o meu nome para me chamarem sempre por amor. 

Desconhecer os meus vizinhos para lhes perguntar onde vivem. E descobrir que vivem no mesmo prédio do que eu, e que afinal tenho nome, e sapatos à medida do meu pé, mas que nem sempre tenho pé para os dias que correm. Desconhecer que para voar preciso de asas ou de aviões ou de sonhos para além da lógica. Desconhecer o adeus para dar sempre as boas vindas.

Desconhecer que o frio faz frio e o calor faz suar e que as estrelas estão no céu e que a música às vezes magoa e os olhos choram. Desconhecer o som do telefone, desconhecer o calendário, desconhecer o relógio, desconhecer que às vezes quero e outras vezes nem por isso. Desconhecer tudo, devagar, sem pressas. E acreditar que há um tempo certo para aprender a conhecer o desconhecimento pleno das coisas.


Eduarda Freitas
Retirado daqui

terça-feira, 4 de outubro de 2011

5 dias

"De todo o amor que eu tenho, metade foi tu que me deu."

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Como se fosse a primavera

As cores se destoavam dos ventos fortes que ocupavam aquela manhã. Com os olhos cerrados, ela sentia a calmaria que provinha das flores e que impregnava todo o seu ser. Ela podia suspirar novamente. E com um sorriso de canto de boca, pôde sentir depois de tanto tempo o seu coração soar um palpitar tranquilo e emanar uma paz sem igual. 

Ela sempre se identificou com a primavera, e fez dela, sua passagem de estação contínua. O inverno que cismava sempre em incomodar, ficou em segundo plano de vez. Os antigos amores, assim como as pétalas, se renovaram...dando margem assim aos novos suspiros. Seu corpo se apossou de uma leveza tão profunda, que fez dela leve como uma pluma e fez com que experimentasse assim, a delícia de ser primavera outra vez. 




quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Da cor do seu cabelo

Aquele girassol, responsável pelas cantorias diárias...

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Diário de bordo

Dia 1º de Setembro, pé na estrada. Destino? Floripa com escala em Belo Horizonte. Como todo bom e velho (nem tão velho) estudante, fui de carona com um professor e uns amigos. Viagem rápida, conversa de macho que de nada me interessava, sono e...sono. Fui pra casa de uma amiga muito muito querida, que precisava de umas boas risadas comigo. 

Peguei um táxi, pois quem tem boca vai à Roma, mas quem tá perdido anda de táxi. Trabalhador, pai de dois filhos (tinha acabado de fazer vasectomia, por isso não carregou as malas), já tinha dirigido caminhão e acabou parando no táxi. Não quis saber de estudar, seu sonho sempre foi dirigir, dirigir e dirigir. É, esse era o motorista. Simpático, exceto pelo fato de chamar estudantes que pegam carona de malucos. Está certo, de fato. Mas prosseguiremos...

A chegada foi como eu esperava. A saudade saía pelas ventas e não cabia nos abraços. Foram dias compostos de papos filosóficos diversos, jantares/almoços improvisados e andanças de pijama pela rua atrás de umas pizzas. Teve direito à conversa rápida com um australiano muito Kelly Slater, tocos de árvores que pareciam pássaros mortos (que supostamente me transformaram numa troglodita por tê-lo chutado) e filmes, muitos filmes. Deu pra matar 1/3 dessa saudade que já passa a me perturbar novamente. 

Pronto, Floripa. Primeira vez que ia andar de avião. Chico Buarque no mp3 e bon voyage! O medo de ultrapassar os 23 kg foi tão grande, que metade da minha mala ficou em BH. E, adivinhem? Deu míseros 10 kg. Mas tudo bem, faz parte. No raio-x, enguiçaram com a minha tesoura sem ponta e com o meu compasso lindo de desenhar bordas de cerâmica. Pediram desculpas por terem confundido com uma R-15 e eu prossegui viagem.

Devo parabenizar os comissários de bordo e o piloto pela clareza ao falar em inglês. Eu juro, que se um dia acontecer alguma coisa no voo em que eu estiver e eu perceber a existência de algum estrangeiro junto. Eu explico pra ele todos os procedimentos novamente, porque olha, parece que ele fala comendo paçoca. E na hora da tradução das instruções para o inglês, eles praticamente reduzem a um mero: good trip. And fuck you, né. 

Levantamos voo. Do lado esquerdo, uma mulher que se estressava quando eu me inclinava um pouco para ver o céu (lindo, por sinal). Do lado direito, uma senhora que achava um absurdo não ter café num voo para estrangeiros. "Que cultura do Brasil vocês querem passar? Isso é um abs..." fones de ouvido. 

Enfim Floripa. Frio, chuva todos os dias, Heineken por 4,50 e boas risadas. Dormi no quarto com 4 pessoas sensacionais, e das quais, pretendo cultivar uma amizade além da SAB. Ao lado havia um pessoal do Amapá, pessoas de uma simpatia imensa que tive o prazer de conhecer também. As conversas eram praticamente todas de cunho arqueológico e ao mesmo tempo divertidíssimas. É uma coisa tão, mas tão boa se relacionar com gente da mesma linha de interesse que a sua. As abordagens são diferentes e ao mesmo tempo, cada coisa acrescenta independente da área em que você trabalha.

O congresso foi um pouco decepcionante devido a organização ou a falta dela (comida, cronograma e informações), mas de qualquer forma, me acrescentou em diversas coisas. Voltei com um olhar mais abrangente, mais bonito e sem deixar de ser simples ao mesmo tempo. Olhar este que capta a mínima mensagem presente num pequeno fragmento de cerâmica, observando a cultura inserida nele. Bonito, sem mais. 

Pude também despertar outra paixonite em mim: Osteoarqueologia. Participei de um mini curso e, assumo, a glabela e o opistocrânio nunca foram tão fascinantes pra mim. Tô apaixonada, tô estudando tudo e não tô nem ligando pro que vão dizer (Luan Santana feelings).

Nos dias do congresso, almoçávamos num restaurante vegetariano (pseudo chinês) muito gostoso! No qual tinha uma chinezinha fofinha-que-vontade-de-apertar e uma comida muito, mas muito saborosa mesmo. Nem senti falta da carne. Ah, tinha sushi! Nham! E foi descoberta do colombiano que tivemos a sorte de compartilhar o mesmo cômodo. Não só o cômodo como o "no no no", "cadê minha pijama?" e "pobrecito el perrito". rs!

Depois de tanta chuva, no último dia era "Sol o que me faltava.". E eis que surge a bendita Lady Murphy. Nem tudo pode ser perfeito, eu sei. Mas essa história de tá no inferno, abraça o capeta realmente não cola. Resolvemos ir pra praia. Sem dinheiro, sem saber quais eram os ônibus que tínhamos que pegar...só com a cara, a coragem e duas malas enormes. 

Depois de pegar o ônibus errado, ouvir a cidade inteira vender dvd, almoçar literalmente numa mercearia e conhecer uma praia com uma mísera faixa de areia dura (ok, só pelo barulhinho do mar e pela maresia, já valeu a pena). Meu voo foi cancelado, depois teve o atraso de uma hora. Resumindo: Dormi na rodoviária, meu ônibus atrasou (pra variar) e finalmente cheguei em Diamantina (bati os pés no chão com força. Felicidade grande de sentir essas pedrinhas). 

No mais, valeu muito a pena essa viagem em todos os sentidos: Aprendizado, pessoas, conhecimento...enfim,  obrigada às pessoas que me proporcionaram essa experiência e...até a próxima! 

Nós e o nosso GRANDE AMIGO Colin Renfrew. 

Mario Quintana me entenderia.

Há coisas que a minha alma, já mortificada não admite: Assistir novelas de TV. Ouvir música Pop. Um filme apenas de corridas de automóvel, uma corrida de automóvel num filme. Um livro de páginas ligadas porque, sendo bom, a gente abre sofregamente a dedo: espátulas não há... e quem é que hoje faz questão de virgindades...

E quando minha alma estraçalhada a todo instante pelos telefones fugir desesperada me deixará aqui, ouvindo o que todos ouvem, bebendo o que todos bebem, comendo o que todos comem. A estes, a falta de alma não incomoda. (Desconfio até que minha pobre alma fora destinada ao habitante de outro mundo).

E ligarei o rádio a todo o volume, gritarei como um possesso nas partidas de futebol, seguirei, irresistivelmente, o desfilar das grandes paradas do Exército. E apenas sentirei, uma vez que outra, a vaga nostalgia de não sei que mundo perdido...

(Alma Errada, Mario Quintana)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Há dias em que, impreterivelmente, há a necessidade de crescer. E como dizia Che Guevara, sin perder la ternura jamás. Não existe nenhum "manual" explicando os passos que devemos seguir para crescer. Acontece quando a gente menos espera: "Bum! Cresci." E passamos a encarar a vida com outros olhos. Aprendemos o sentido da palavra valor no seu significado mais singular. Dizem que a gente se desilude com os sonhos. Mas acredito que passamos a diferenciar o palpável do utópico. E, claro, começamos a pô-los em prática. Parece que tudo sai do papel.

A gente tem que aprender a amar. E o mais importante...tem que saber deixar alguém te amar. (dá-lhe Paralamas!). Sem impedimentos, sem medo. Tem que se entregar, de corpo e alma se possível, mas antes temos que notar se o terreno é seguro. Para desviarmos de eventuais buracos que insistem em aparecer.

Passamos a praticar o bendito desapego. Onde requer coragem, força de vontade e o benefício da dúvida para tentar entender o outro pela última vez. Tem que entender seus direitos. E do outro também. Onde um acaba, e onde o outro começa. Tem que se respeitar e fazer disso um exercício diário quando se trata de convivência.

Tem que dar tempo ao tempo. E nesse meio tempo, saber reconhecer que certas coisas não exigem tempo, mas sim, ponto final. Tem que entender que não necessariamente tudo acontece por um motivo. Tem coisas que simplesmente não precisam acontecer.

Adquirimos responsabilidades e passamos a entender que nem tudo é festa, nem tudo são flores. Mas que os nossos problemas com certeza são os menores em comparação com o resto do mundo. E por fim, mas não menos importante. Temos que compreender que o superficial a gente encontra nos dicionários. Enquanto o essencial, a gente só aprende de uma forma: Vivendo. 




terça-feira, 16 de agosto de 2011

domingo, 14 de agosto de 2011

Olhos de Capitu

‎"A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência.'' 

Caio Fernando Abreu

Infinito Particular

Eis o melhor e o pior de mim...

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Pra embalar a noite

Só porque adoro esse sotaquezinho lindo! Buenas!

Reciclando

Voltei meio artística, confesso. As pinturas e seus respectivos pintores estão me cativando mais do que antes já me cativaram. Observo os pequenos detalhes e isso me fascina. Perco um bom tempo agora na telinha do computador apreciando certas obras. Eu nem ia falar sobre isso, mas o fascínio é tanto que não resisti.
Bom, vim pra falar que estou reciclando coisas. Hoje vou abrir meu armário e dar tudo o que só ocupa espaço por aqui. E, convenhamos, no meu quarto o que não tem é espaço. Então vamos lá pessoal, exercício de reciclar. Bom pro corpo, bom pra mente e bom pro meu quarto. Fui! 

Fiquem com a simplicidade colorida da arte Naïf, minha mais nova paixonite.



segunda-feira, 1 de agosto de 2011

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Simplicidade

Já dizia Rubem Alves que "Simplicidade é quando o coração busca uma coisa só." e o meu coração, só andava buscando uma única coisa: minha casa.
Nós estamos tão presos à rotina massante que acabamos sempre procurando um refúgio. Refúgio este que nos tire do trânsito, da falsidade que permeia as relações e que faça esquecer a angústia que têm dentro da gente. 
Consumismo exacerbado, dia-a-dia controlado pelo relógio, relações baseadas em interesse. Onde é que fica a simplicidade?
Simplicidade fica onde você se sente bem. Ela pode ser encontrada até no abraço que você recebe da esposa quando chega do trabalho. Ou no bom dia que o padeiro deu pra você, quando você acordou vendo tudo cinza. Na verdade, a simplicidade está dentro da gente e é preciso que ela exista pra gente conseguir enxergar o lado bom das coisas, por menor que seja. 
Lar. Pra mim, é um punhado de simplicidade. Tem colo de mãe, um cheiro que só tem aqui, seus amigos de infância, um pôr-do-sol que deixa o céu alaranjado e que você acredita ser o mais lindo que você já viu, tem família, tem carinho em troca de nada, tem amor. 
Simplicidade é você ter o que te faz bem, bem pertinho de você. É se sentir completa e não precisar de mais nada. Só desses sorrisos mais sinceros todos os dias.

"Quanto mais simplicidade, melhor o nascer do dia..."

domingo, 26 de junho de 2011

I'm running out of patience

“Talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor.”
(Caio Fernando Abreu)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Paz de espírito

Depois de a long long time ago, estou aqui de volta. Não pra escrever toda essa baboseira clichê. Hoje vim justificar minha falta de inspiração pra escrever. Pois é, o máximo que surgiu foram títulos, textos inacabados e uma frustração mental incalculável. Por conta disso, todas as postagens foram textos prontos, porém, de autores excelentes. Enfim, c'est la vie. Prosseguiremos...

Eu sei que ninguém lê esse blog, só minha mãe (oi mãe!), mas gosto de escrever aqui pra me expressar, me dá prazer escrever uma porção de palavras, façam sentido ou não. Eu tava meio "borocoxô" de uns meses pra cá, confesso. Um bichinho me corroía por dentro. É, ele mesmo. O tal do amor. Tava desanimada, sem vontade de cantar uma bela canção. Mas a boa notícia é que eu superei, minha gente! Sim sim, orgulhinho de mim. Palmas.

De nada adianta chorar pelo leite derramado. Algumas coisas não dão certo e o mais correto é prosseguir. Guardando as boas lembranças e esquecendo as mágoas. Insistir em algo que você não vê futuro é nada mais nada menos que perda de tempo. E sendo um tanto capitalista, "time is money, my friend!". É o famoso desapego. E sinceramente? Isso já virou rotina na minha vida. Tiro de letra daqui pra frente.

Incomoda. Talvez sempre vá incomodar. Mas é tudo uma questão de foco. É só não pensar nisso, tem tanta coisa melhor pra pensar. Vai ficar aí sofrendo? Tem que largar mão de ser masoquista, isso não funciona quando se trata de coração. E acreditem, dá pra senti-lo sem tocá-lo. O bichinho se contorce mesmo.

Sempre haverão términos. Diversas pessoas vão entrar e sair da sua vida. Vão transformá-la num eterno furacão, levando tudo que ver pela frente. Ou vão ser uma eterna brisa de calmaria, fazendo você flutuar enquanto sente. É como se fosse uma lei da vida, ou lei de murphy. Depende se a intensidade vem pra positivo ou negativo.

Ontem antes de dar a monitoria eu resolvi ter um momento só meu. Sentei num bar, pedi uma Brahma, Arnaldo Antunes no mp3 e comecei a folhear minha National Geographic. E quer saber? Me senti completa. Completa mesmo, nenhum vazio conseguiu me incomodar. Acho que é isso que chamam de paz de espírito. E olha, declaro totalmente mérito meu. Com muito orgulho.



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Adiós, Maio!


"Maio já está no final. É hora de se mover pra viver mil vezes mais. 
Esqueça os meses, esqueça os seus finais, esqueça os finais..." 
Vemnimim, Junho!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Mulher de aquário

Uma descrição fiel das aquarianas:


"Quando estão amando (veja bem, eu disse a-man-do mesmo) as aquarianas são extremamente fiéis. Pode confiar. Bem, mas não vivemos num mundo perfeito né verdade? Compensando sua dedicação, a aquariana é dotada de um alheamento e falta de emoção em relação às pessoas, que é de se apostar todas as suas fichas como ela não está tão afim de você. Mas ela está. Basta deixar que ela se envolva com sua deliciosa lista de 6 bilhões de assuntos que ela precisa pesquisar e descobrir. Bem como seus outros 6 bilhões de amigos (um em cada canto do universo). O maior erro que você poderia cometer na sua vida seria amarrar os pés das discípulas do vento, ao pé de uma cama.


Acostume-se. Passe a encarar com naturalidade o fato de que ela pratica capoeira, lê livros em cima da árvore (não embaixo), e decide passar as férias trabalhando como voluntária da Cruz Vermelha. Lembra quando você a viu na TV amarrada na árvore que iam derrubar? Pois então. Achei normal. Ela é a única por onde passa a idéia de perseguir uma estrela cadente, enquanto todos os outros estão concentrados em realizar pedidos. E olha que eu ainda não cheguei no principal.

A aquariana não pertence a ninguém porque ela é de domínio público. Elas insistem e precisam ser livres. No entanto, a pessoa que aceita os seus termos, terá sua profunda admiração e devotamento. Ela sabe que não é fácil.

Devo dizer que paixão realmente não é o forte delas. Passam longe do que são as mulheres de escorpião. Serão como borboletas, imprevisíveis, vivendo de acordo com seu próprio código, em sua trajetória singular. No fim da história, ela sofre de um medo secreto de se apaixonar demasiadamente por alguém e acabar negligenciando o mundo e todas as outras pessoas que precisam dela, e vice-versa. Basta dizer que ela é a esposa perfeita para um piloto de avião. Seu temperamento, bem como o amor que dedica, é definidamente impessoal.

A aquariana ama mais a humaninade do que o ser humano. Então elas não demonstram o que estão sentindo muito facilmente. As palavras com as quais elas expressam o seu amor são frustrantemente limitadas. Ela pode ser como um flamingo posudo e elegante nas mais diversas situações, mas em matéria de amor ela se transforma num ogro estabanado. É muito comum que ela viva confundindo amor e amizade tamanho seu desligamento com questões de espécies mais quentes, digamos assim. Há muita coisa linda e maravilhosa pra se ver por ai do que sua cara todos os dias.

É dificil, eu sei. Mas se você está apaixonado por uma mulher dessas há de reconhecer: nunca você acreditou tanto em mágica como acredita agora. É nítido como as aquarianas realmente se destacam, não pelo brilho como as leoninas, pelo sucesso como as capricornianas ou pelo apelo irresistível das mulheres de escorpião. 

As aquarianas são a cereja do bolo simplesmente porque elas não fazem parte daquele lugar.Ela é internacional, onde quer que ela esteja.Não é ótimo? Você pode ter um produto importado, que prevê o futuro, sabe de tudo que está acontecendo e que ainda te ama nos dias em que você se sente menos amado. Tudo isso pelo preço de você não ser tão conservador e reservar sempre uma boa mente aberta.

(Autor desconhecido)




domingo, 29 de maio de 2011

It's a new dawn


It's a new day
 It's a new life for me
and I'm felling good.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Em meio ao meu recolhimento...

Eis que surge Lya Luft:


"O amor nos tira o sono, nos tira do sério, tira o tapete debaixo dos nossos pés, faz com que nos defrontemos com medos e fraquezas aparentemente superados, mas também com insuspeitada audácia e generosidade. E como habitualmente tem um fim - que é dor - complica a vida.

Quem nos quiser amar agora terá de vir com calma, terá de vir com jeito. Somos um território mais difícil de invadir, porque levantamos muros, inseguros de nossas forças, disfarçamos a fragilidade com altas torres e ares imponentes. Às vezes é preciso recolher-se".

Clara como sempre.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

É...

"Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis."
(Caio Fernando de Abreu)

terça-feira, 10 de maio de 2011

Continuar...

"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento, te surpreenderás pensando algo como “estou contente outra vez”. Ou simplesmente “continuo”, porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloquentes como “sempre” ou “nunca”.
Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicídio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituímos expressões fatais como “não resistirei” por outras mais mansas, como “sei que vai passar”. Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.”

(Caio Fernando de Abreu)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Eu desejo que desejes.

Hoje é um dia muitíssimo especial, quer dizer, hoje é o aniversário de uma pessoa muito especial. É mãe, tia, amiga. É quem cuidou de mim, se preocupou comigo, me acolheu. É quem assistia filmes da Disney comigo, corujão, quem me emprestava blusão pra dormir. Quem lia e contava historinhas pra mim. Quem pegava as edições da Recreio (organizadas em ordem de datas...rs) só pra eu ler os contos de terror. Quem puxava minha orelha quando eu fazia coisa errada. É quem ajuda todo o mundo, mesmo achando que tudo está contra ela. rs. Quem lanchava em pé na pia comigo. É quem fez/faz parte da minha vida e que fez um papel muito importante nela:  Contribuiu para o que eu sou agora.

Eu queria nesse momento te dar um abraço e estar ao seu lado nesse dia tão especial. Porém, 722 km nos separam. Então eu só tenho a lhe desejar...

"Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido,

desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas,
mas viáveis, que desejes coisas simples como um suco gelado
depois de correr ou um abraço ao chegar em casa,
desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados.


Mas desejo também que desejes com audácia,
que desejes uns sonhos descabidos
e que ao sabê-los impossíveis não os leve em grande consideração,
mas os mantenha acesos, livres de frustração,
desejes com fantasia e atrevimento,
estando alerta para as casualidades e os milagres,
para o imponderável da vida, onde os desejos secretos são atendidos.


Desejo que desejes trabalhar melhor, que desejes amar com menos amarras,
que desejes parar de fumar, que desejes viajar para bem longe
e desejes voltar para teu canto, desejo que desejes crescer
e que desejes o choro e o silêncio, através deles somos puxados pra dentro,
eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente.


Mas desejo também que desejes uma alegria incontida,
que desejes mais amigos, e nem precisam ser melhores amigos,
basta que sejam bons parceiros de esporte e de mesas de bar,
que desejes o bar tanto quanto a igreja,
mas que o desejo pelo encontro seja sincero,
que desejes escutar as histórias dos outros,
que desejes acreditar nelas e desacreditar também,
faz parte este ir-e-vir de certezas e incertezas,
que desejes não ter tantos desejos concretos,
que o desejo maior seja a convivência pacífica
com outros que desejam outras coisas.


Desejo que desejes alguma mudança,
uma mudança que seja necessária e que ela não te pese na alma,
mudanças são temidas, mas não há outro combustível para essa travessia.
Desejo que desejes um ano inteiro de muitos meses bem fechados,
que nada fique por fazer, e desejo, principalmente,
que desejes desejar, que te permitas desejar,
pois o desejo é vigoroso e gratuito, o desejo é inocente,
não reprima teus pedidos ocultos, desejo que desejes vitórias,
romances, diagnósticos favoráveis, mais dinheiro e sentimentos vários,
mas desejo, antes de tudo, que desejes, simplesmente."

(Martha Medeiros)
Meus parabéns!
Te amo muito.

                                             

sábado, 30 de abril de 2011


"Sem mais, eu fico onde estou
Prefiro continuar distante..."

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Auto-análise

Eu tenho a mania de olhar placas de carro e somar os dois primeiros números pra ver se dá 10. Os últimos também. Gosto de cozinhar. Mesmo. Ainda mais fazer coisa diferente, pratos diferentes. Não fico sem música um minuto. Na rua, fones de ouvido. Sou um pouquinho introspectiva nesse sentido. Não gosto de Coca-cola. Chocolate e muito menos de água mineral. Gosto de receber mensagens inesperadas. Exceto do 144. Gosto de cantar. Muito. De buscar letras e traduções. Gosto de ouvir música no repeat. Meu irmão que o diga. Gosto muito fácil das pessoas. E sofro com a mesma facilidade também. Gosto de não pensar em nada durante os trajetos. Acho que é por isso que eu sempre durmo em viagens. Ah, gosto de dormir. É uma forma de se desligar do mundo que a gente vive e se deliciar um pouquinho com um mundo que não é real. Gosto de rir. Gosto mesmo. 24 horas por dia se possível. Gosto de ler. Mas coisas que me interessem e que me acrescentem em algo. Odeio ler piadas, por exemplo. Gosto do barulho da chuva. Gosto do cheiro da terra molhada. Gosto de ver o céu à noite. Gosto da lua, das estrelas e até mesmo do negro do céu. Gosto de Santa Teresa (o bairro). Gosto de observar as pessoas e ao mesmo tempo, acabo analisando-as. Gosto de escrever. Muito. Sobre qualquer coisa. Gosto do silêncio, mas também adoro uma boa conversa. Gosto de ouvir sobre coisas que não sei. A gente sempre tira algum aprendizado delas. Gosto de relembrar o passado. Os momentos bons. Gosto de pensar positivo. Atrai coisas boas. E isso não me torna ingênua, me torna esperançosa. Sei também perceber quando algo não vai dar certo, mas aproveito enquanto der. Prezo a felicidade acima de qualquer coisa. Detesto ficar triste. Prezo a liberdade também. Sempre. Gosto de crianças gordinhas. São mais fofas e, em sua maioria, são mais legais. Gosto de dançar. Sozinha de preferência. Gosto de francês. Oui, acho uma linguagem charmosa. Gosto de bala de gelatina. E gosto do fato de ser difícil de mastigar. Gosto do meu time. Vascaína com muito orgulho. Gosto da minha família. Dos meus amigos. Mas ok, isso já é clichê. Gosto de estralar os dedos dos pés. Gosto do verde. Gosto de mato. Gosto mesmo. Trilha, escaladas, cachoeiras. Me sinto em casa. Gosto de arqueologia. De artefatos líticos e afins. E gosto também de fazer uma auto-análise às vezes. Me faz gostar mais de mim. 

Me, myself and I

A sociedade exerce uma influência enorme em cima de cada um de nós. E essa influência, algumas vezes, cria seu outro-eu. O que seria esse outro-eu? É uma personalidade baseada na sua relação com os outros. Sejam amigos ou qualquer outra pessoa do seu cotidiano. É o simples fato de você sentir ou pensar em algo completamente diferente do que você pensa e sente realmente só para ser aceitável pelos outros, admirado por eles. Não é questão de ter dupla personalidade. É questão de você ter uma personalidade fixa e uma outra que surge e se altera dependendo do "público alvo". Cabeça fraca. Influenciável, em outras palavras.
Essa variação de personalidade não te faz uma pessoa melhor perante os outros, mas na verdade, os deixa confusos sobre quem você realmente é.
Uma coisa são formas de tratamento. A forma com que você age com os seus avós, obrigatoriamente vai ser diferente da forma com que você trata os seus amigos. Mas os valores não mudam, o seu jeito não pode mudar, porque senão, quem você vai ser afinal?
Não há necessidade de se subverter a algo que você não é só para agradar terceiros. As pessoas têm que gostar de você como você é, e não da forma que mais agrada a elas. Ou você vai parar de comer maçã só porque o bonitão da sua sala não come? Ao chegar em casa você vai comer e pronto. Do que adiantou se portar dessa forma?
De nada adianta todo esse teatro. Uma hora a máscara cai e quem perde nisso tudo é você. Pois as pessoas acreditam em um você diferente, em um você que sempre agiu da maneira como elas gostavam que você fosse. E na realidade, quem tem que gostar de você mesmo, vai gostar de qualquer forma. Com você comendo maçã ou não. Rs


domingo, 10 de abril de 2011

O que te desgasta?

Me desgasta o ser humano estar do jeito que está. Me desgasta o egoísmo. A falta de valores. Me desgasta pôr roupa no varal. (rs!) Me desgasta essa falta de compromisso que todo mundo cisma em ter. Me desgasta essas músicas ruins e respectivas bandas que surgem atualmente. Me desgasta o fato de cada vez mais as pessoas não terem esperança numa mudança efetiva da situação em que todo mundo se encontra. Me desgasta esses ecobobos. A politicagem. Me desgasta o capitalismo tomar a frente em tudo. Me desgasta a manipulação (e muito). Me desgasta a ignorância, e como me desgasta. A incompreensão também. Me desgasta a falta de amor e o excesso dele. Me desgasta a superioridade. Me desgasta não ter água no filtro. Nem gelo. Me desgasta estar longe da minha mãe. Me desgasta chorar. Me desgasta esse mundo onde é tudo superficial, de plástico. Até os sentimentos. Me desgasta o Vasco perder. Me desgasta a Brahma ser 4 reais. Minha franja me desgasta. A saudade me desgasta, com o perdão da palavra, PRA CARALHO. Ah, me desgasta. Hoje tá tudo me desgastando. Até eu mesma.

"Her green plastic watering can
For her fake Chinese rubber plant
In the fake plastic earth
That she bought from a rubber man
In a town full of rubber plans
To get rid of itself

It wears her out, it wears her out
It wears her out, it wears her out."
(Radiohead - Fake Plastic Trees)

sábado, 2 de abril de 2011

Caminhoneiros, pedreiros e as cantadas baratas.

Fico frustrada quando um caminhoneiro buzina ou quando um pedreiro fala alguma gracinha quando nós, mulheres, passamos na rua. Eles não diferem se é feia ou bonita, gorda ou magra. Se não tem cenoura entre as pernas (salvo os travecos) eles lançam as benditas cantadas baratas sem nem pensar duas vezes. 
Acredito que isso seja tão natural quanto comer chester no Natal. Deve ser automático. Dentro da cabeça deles deve ter um sensor que quando passa alguma mulher ele apita, e independente de onde eles estejam, eles surgem do NADA. Tipo pomba, sabe? Você tá caminhando na rua sem incomodar ninguém e elas saem dos lixos, dos encanamentos e voam na sua frente, cagando em você ou soltando penas. Com os pedreiros é assim, onde você menos espera tem um pra te chamar de delicinha ou coisa pior. 
Me tira do sério isso. Dá vontade de virar na hora e lançar o dedão, mas minha mãe querida me deu boa educação e eu simplesmente finjo que não ouvi nada. 
Eles têm uma criatividade e tanto! Não sei porque desperdiçam ela numa obra. Outro dia tinha dois pedreiros numa obra e um deles soltou o baita elogio: "Hummm...quer ser a cereja do meu floresta negra?"
CARA, um pedreiro falando floresta negra! Rs. Eu quase parei e dei os parabéns por ser tão criativo. Podia falar chocolate do meu brigadeiro, meu doce de leite com queijo, coisas mais simples assim. Mas não, ele apelou pro floresta negra. Na hora que ele falou isso eu até olhei pra ver se ele não tava de terno. Vai saber, né. 
Prova para seleção de pedreiros para as obras deve ser assim: Loirinha bonitinha cruzando a esquina. Letra A, gostosa. Letra B, adoro uma loira. Letra C, de onde veio isso tem mais? Ou letra D, todas as alternativas acima estão corretas. Pronto, todos passam na prova de seleção, mas só ficam aqueles que sabem fazer um cimento, pregar um tijolo.
Ou eles podem pensar que estão fazendo um favor à humanidade nos elogiando. Acreditem, não estão. Às vezes a gente só quer andar pela rua, sem precisar ouvir um elogio sequer. E ok, isso não é só com os coitados dos pedreiros e caminhoneiros (alvos da minha crítica hoje), é com todo mundo! Tem horas em que só olhar já é um baita de um elogio, portanto, não desperdice suas palavras pra qualquer pessoa na rua. Vai que ela não tá num dia muito bom.

E aí gatinha, vai um tubaína com pão e mortadela?

segunda-feira, 14 de março de 2011

Ohana

Família é mesmo uma coisa insubstituível. A gente sente falta de um colo de mãe, de um afago que só as avós conseguem fazer, de uma bagunça com os primos, de umas risadas com os tios. Mas confesso, algumas pessoas sabem cumprir o papel de disfarçar a falta que eles fazem na vida de um universitário perfeitamente. 
A ideia que as pessoas têm acerca de repúblicas é resumidamente essa: Sexo, drogas e rock'n'roll. Só que se esquecem dos detalhes principais, da essência da coisa. São jovens - em sua maioria imaturos - reunidos em uma casa, enfrentando o dia-a-dia de uma universidade federal, passando dificuldades e sem UM bendito parente por perto pra recorrer se bater uma bad. Não é só boa vida não. Aqui a gente não grita "MANHÊÊ!" e o mundo vira arco-íris não. O que a gente passa não é publicado nos álbuns do Orkut em sua totalidade. O que nos resta? O apoio mútuo. Aí é que tá, por consequência do destino, acabamos nos tornando uma família. Família mesmo. Dessas que puxam a orelha e tudo mais. 
Quando falta o colo, o apoio ou surge um perrengue é nos moradores da casa em que nós encontramos um conforto de saber que "é, vai ficar tudo bem". E olha, vocês não sabem como isso é importante na vida de um ser humano. 
O engraçado é que surge do nada. Da pessoa que você menos espera receber algum tipo de afeto, na hora em que você menos imaginava. Isso me deixa feliz assim...de graça mesmo. 
Ok Luisa, o porque desse texto? Confesso que esses dias eu andava sem inspiração pra escrever nada. Acho que têm dias em que ficamos presos em certas convenções e que acabamos esquecendo de outras. Sempre achamos que nossos problemas são piores que os dos outros e por aí vai. Hoje teve reunião aqui em casa e o que parecia ser um "acerto de contas" se tornou foi mais um exemplo de como todo mundo, apesar das diferenças, é unido e acima de tudo...É família. Me despertou algo bom, me deu vontade de escrever, de chorar, de sorrir...Foi uma mistura de emoções que eu não sabia que ia sentir tão cedo. Foi amor, é amor, é família. E é muito bom saber que independente da hora, sempre dá pra contar com alguém aqui em casa.

Família ê, família á, família...

domingo, 13 de março de 2011

Divã

"…Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando à pé pra casa, avariada.
Eu sei, não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Talvez este seja o ponto. Talvez eu não seja adulta o suficiente para brincar tão longe do meu pátio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatória, sem sequelas, sem registro de ocorrência? Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.
Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. NÃO ERA AMOR, ERA MELHOR”

Martha Medeiros em Divã

sexta-feira, 11 de março de 2011

Tempo da travessia

”Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”
 (Fernando Pessoa)

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

É, Zé...

"Essa vida viu, Zé. Pode ser boa que é uma coisa. Já chorei muito, já doeu muito esse coração. Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra. Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa!" 
(Tati Bernardi)


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Cansei de quem gosta como se gostar fosse mais uma ferramenta de marketing. 
                                             Gostar aos poucos, 
                                                                    gostar analisando, 
                                                                            gostar duas vezes por semana, 
                                                                                        gostar até as duas e dezoito.

Cansei de gente que gosta 
como pensa que é certo gostar.
 Gostar é essa besta desenfreada mesmo.
              E não tem  pensar
                  E arrepia o corpo inteiro
                            mas você não sabe se é defesa para recuar ou atacar
                               
E eu gosto de você porque gostar não faz sentido.


(Tati Bernardi)

Mas é ciúme, ciúme de você.

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Quando se inicia uma relação é natural se sentir inseguro com algumas questões. E quando a insegurança surge, o ciúme vem junto só esperando para dar o bote. O ciúme é na verdade um sentimento expressado quando uma pessoa quer preservar algo que não se quer perder. Portanto, se não for doentio, encare de uma forma positiva. É uma forma de proteção expressada pelo próximo.
Eu, particularmente, detesto sentir ciúme. E sou uma verdadeira atriz na arte de fingir que não sinto nada. Você finge tanto, que se irrita com isso. E ao invés de mostrar logo que tá com ciúmes - não - se faz de sou boazona, tô achando tudo lindo e pronto. É mais fácil assumir logo, menos doloroso e bem menos irritante. Agora me diz, qual é o ser humano que não sente ciúmes? Se você conhece um, me apresente porque essa desgraça precisa me ensinar essa tática ninja.
Ciúmes de certa forma é uma amostra de que a pessoa se importa. Seja por outra pessoa, seja por um livro, cd,  filme, citações...e por aí vai. Existem diversos tipos de ciúmes, por diversos tipos de coisas. Existe o ciúme fomentado, no qual você tá tranquila, sem sentir ciúme algum, aí vem um indivíduo que te proporciona sentir essa droga de ciúmes através de fatos ou historinhas que você nem precisava saber, só pra alimentar o bichinho que cresce aí dentro. Existe o ciúme que surge da sua cabeça. Não tem NADA ali, mas você cisma que tem. Aí vem além de ciúme, as benditas nóias que acabam com a paciência de qualquer um. Existe o ciúme saudável. Aquele que você sente pela pessoa amada quando começa a pensar no quão boa ela é e no quanto você sofreria se a perdesse. Faz até valorizar mais, sabia? Mas não tente começar a sentir isso do nada. Ele surge com o tempo e é parcialmente espontâneo.
Todo mundo sente ciúme. A única coisa que muda são os graus de expressão geradas. Ele pode ser uma coisa louca, obsessiva e infundada como também pode ser uma coisa saudável, presente em qualquer tipo de relação. 
Se você sente ciúmes, para pra pensar um pouco e avalie se é saudável sentir isso. Por que se não for, é melhor começar a descartá-lo antes que a pessoa direcionada descubra essa bobalhada toda que você tá sentindo.