quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Gosto não se discute e ponto.

É isso o que sempre ouvimos quando começamos uma discussão sobre religião, política, música, arte e etc. Correto, a discussão não nos levará a lugar algum, pois cada um tem seu gosto, sua visão de mundo e muitas vezes nós enxergamos coisas que os outros não veem. Por exemplo, eu sou apaixonada por amora. Alguns dizem que é a fruta mais sem graça que existe. É o meu gosto e eu não vou mudar só porque um animal disse isso.
A questão é que o nosso paladar, olfato, visão e audição, apesar de "iguais" são diferentes. Enquanto eu acho que todos devem nascer com mpb correndo nas veias, outros odeiam, acham cult demais. Eu realmente queria que todas as pessoas fossem engraçadas, que tivesse céu estrelado todo dia, que amora brotasse como água, que todos gostassem de jazz, blues, rock progressivo, britrock, indie, folk, mpb, samba...(e largassem aquelas poluições sonoras), porém, felizmente é assim. É isso que torna uma pessoa diferente da outra, apesar dos modismos que andam tendo por aí.
Gosto é uma coisa engraçada. Algumas pessoas gostam e pronto, não mudam por nada, mesmo que não agrade ao meio em que vive. Outras mudam de gosto num passe de mágica, acaba se tornando uma preferência do momento e não um gosto costumeiro.
A verdade é: Ninguém tem uma preferência imutável.
Hoje você diz que gosta de rock, amanhã você diz que funk é o top list dos seus estilos musicais.
Hoje você diz que prefere as morenas, amanhã você encontra com uma loira de deixar o queixo caído e diz: "É, as loiras são as melhores." Hoje você é vegetariano, amanhã é carnívoro nato.
São as novas descobertas que fazem nós mudarmos diariamente as nossas preferências.
Você vê um filme e avalia ele melhor que o seu favorito, você começa a preferir comida japonesa à um strogonoff e um dia descobre que várias coisas favoritas estão no topo da sua lista.
É comum, pois se você não mudasse seu gosto, onde as novidades entrariam? Quanto mais nova, menos importância ia ter?
Por isso eu costumo colocar os decimais na minha listinha, daí tenho uma infinidade de coisas para apenas o número um.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Bon voyage!

"O que me mata é o cotidiano. Eu queria só exceções."
(Clarice Lispector)

Vai dizer que nunca teve vontade de embarcar em uma aventura sem destino, no estilo mochileiro? De acordar, comprar uma passagem pra qualquer lugar e ir sem lenço e sem documento? "Neverland", Paris, Fernando de Noronha...Qualquer lugar serve! Só de você ter sonhado ou se atrevido, já basta.

Muitas vezes o que nos falta é coragem (ou dinheiro), porém às vezes desconhecemos lugares que estão perto de nós. Queremos partir para a Ucrânia, mas ao menos atravessamos a rua para ver o que tinha lá do outro lado da calçada.

A grande questão é que "ninguém" se atreve, falta emoção e diversas outras coisas que tornam a vida cada vez menos excitante.

VIVER É EXCITANTE, mas ninguém entende isso (não generalizando). Não ultrapassam fronteiras, não provam do desconhecido, não riem do ridículo. Resumindo: Não vivem!

Viver se tornou tedioso, rotineiro e banal. Não há mais mistério, não há mais paixão e falta mais bom-humor ao nosso redor.

Atreva-se, sem ter medo do que vão pensar de você. Viaje, há diversos lugares no mundo que valem a pena visitar. Leia, é através da leitura que enriquecemos nossa cultura. Acima de tudo: Viva e "não tenha vergonha de ser feliz".

Na mala leve o necessário, não leve remédios, computador, celular, nada! Tire um dia livre pra você e aproveite. Feche os olhos e escolha o lugar, uni-duni-tê, tanto faz... Irá valer a pena. O estresse diminuirá e um sorriso com certeza brotará no seu rosto.

"A Felicidade é tão somente um momento perdido na imensidão do cotidiano."

(Aprigio Barcelos)


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O vidro fumê

Acho que o pior sentimento de todos é a saudade. Saudade de algo que passou, de algo que perdeu, de alguém que ficou ou de alguém que se foi.
Não importa o tempo que passe, nós sempre sentiremos saudade.
Ela vem sem pedir licença, vai entrando e provoca alegria, dor, felicidade, tristeza...tudo ao mesmo tempo! É uma mistura de sentimentos, que provoca alterações momentâneas no nosso psicológico. Ela consegue te jogar pra cima, tanto quanto te joga pra baixo.

Já é de costume, domingo é sempre o dia do retorno e sábado à noite já dá aquele aperto no coração:
- Vamos dormir todos juntos?
Se eu pudesse, nem dormia, aproveitava cada segundo restante. Abraçava, agarrava e beijava. Só eu sei o quanto sinto falta deles. Não é só coisa de sangue, é amor demais transbordando.
Eu queria uma forma de trazer o Rio pra bem pertinho de Caxambu, quase vizinhos, sabe? Vou ali e já volto. E quando a saudade apertasse outra vez, voltava correndo pro colo de mãe.
Domingo, já detesto domingo de graça, sem nem fazer esforço. Pra mim é um dia fúnebre, porque logo depois já é segunda. É um dia para você sentar no sofá, ligar no canal do boi e ver preço de ração. Tédio maior não há.
A ida pra rodoviária é sempre silenciosa, aquele aperto no coração aumenta e parece que você vai regurgitá-lo em seguida. Os abraços são um convite pro choro, os beijos então, nem se fale...
mas o pior de tudo, é a imagem do vidro fumê, posso chorar a vontade, sei que não vão me ver.
Da janela eu vejo quem estou deixando, e por mais que você saiba que eles estarão sempre ali, o sentimento de perda vem a tona e dá vontade de pular do ônibus na hora e dizer que vai ficar ali pra sempre, mas logo vem os compromissos, o futuro bater na porta e você vê que é hora de seguir em frente, de ser guerreira. Você poderá ir vê-los nas férias, poderá ligar...O ônibus vai saindo de mansinho e no final o que resta é o vidro fumê, você e a saudade.

domingo, 16 de agosto de 2009

Po po po porco face

É, como podemos ver a gripe suína está por toda parte.
Eu me preocupo mais com o "caos" que ela está tornando o mundo e o pavor que ela anda provocando nas pessoas do que com a doença em si. É uma gripe, como qualquer outra, só que com suas complicações em certos casos, que para qualquer tipo de doença, pode se tornar algo grave. Mas vamos aos fatos:

Este período do ano nós temos uma probabilidade maior de ficarmos doentes. Como ela é a doença da moda, qualquer espirro dado já é cogitada a gripe suína.
Ok, pode ser uma doença perigosa, mas o alarde que estão dando é impressionante. Não é questão de não cumprimentar as pessoas, isso não é uma prevenção é antipatia e exagero.
Se nós analisarmos a estatística de mortes ocasionadas por doenças, veremos que ultrapassa a gripe suína com facilidade.
Na África e em diversos lugares do mundo pessoas morrem de fome todos os dias, e nem por isso aparecem na TV.
Paralisaram as aulas e aglomerações em alguns lugares para prevenção da gripe, mas os shoppings, cinemas e teatros estão lotados. Engraçado, né?
Essa semana meu irmão me mostrou um documentário de Julián Alterini, que todos deviam ver, porém o vídeo não se espalha com tanta facilidade como um vídeo de funk...
Chega de drama, tem doença muito pior por aí. E tem coisas piores para se preocupar.


Bom, é isso.


Baisers :*