terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sobre os silêncios que perduram

Daquelas palavras que são digeridas no palpitar dos segundos. Das coisas mal resolvidas, que por si só mal entendidas. Do que tinha que ser dito. Digere-se. Mascam, engolem à seco e mascaram-se. E se acrescentam num enovelado infindável de um vazio (in)finito. Das brisas que acalentam. E o silêncio. Silêncio que passa (que pesa). Que perdura a fala. Que salienta os olhos e que se esvai aos poucos. Silêncio tardio desfeito pelos mesmos devaneios de outrora...que arrebata e invade como se conhecesse o caminho de todos aqueles sentidos. Caminho que se re-faz e se des-faz naquele mesmo imaginário utópico, daquelas únicas sensações que agora encontram-se camufladas nesse (des)caminho com gosto de lembrança. Dessas almas não entregues por inteiro e do incômodo que se faz e não se esvai nesses temporais silenciosos, desse inevitável cotidiano interior.