sábado, 30 de abril de 2011


"Sem mais, eu fico onde estou
Prefiro continuar distante..."

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Auto-análise

Eu tenho a mania de olhar placas de carro e somar os dois primeiros números pra ver se dá 10. Os últimos também. Gosto de cozinhar. Mesmo. Ainda mais fazer coisa diferente, pratos diferentes. Não fico sem música um minuto. Na rua, fones de ouvido. Sou um pouquinho introspectiva nesse sentido. Não gosto de Coca-cola. Chocolate e muito menos de água mineral. Gosto de receber mensagens inesperadas. Exceto do 144. Gosto de cantar. Muito. De buscar letras e traduções. Gosto de ouvir música no repeat. Meu irmão que o diga. Gosto muito fácil das pessoas. E sofro com a mesma facilidade também. Gosto de não pensar em nada durante os trajetos. Acho que é por isso que eu sempre durmo em viagens. Ah, gosto de dormir. É uma forma de se desligar do mundo que a gente vive e se deliciar um pouquinho com um mundo que não é real. Gosto de rir. Gosto mesmo. 24 horas por dia se possível. Gosto de ler. Mas coisas que me interessem e que me acrescentem em algo. Odeio ler piadas, por exemplo. Gosto do barulho da chuva. Gosto do cheiro da terra molhada. Gosto de ver o céu à noite. Gosto da lua, das estrelas e até mesmo do negro do céu. Gosto de Santa Teresa (o bairro). Gosto de observar as pessoas e ao mesmo tempo, acabo analisando-as. Gosto de escrever. Muito. Sobre qualquer coisa. Gosto do silêncio, mas também adoro uma boa conversa. Gosto de ouvir sobre coisas que não sei. A gente sempre tira algum aprendizado delas. Gosto de relembrar o passado. Os momentos bons. Gosto de pensar positivo. Atrai coisas boas. E isso não me torna ingênua, me torna esperançosa. Sei também perceber quando algo não vai dar certo, mas aproveito enquanto der. Prezo a felicidade acima de qualquer coisa. Detesto ficar triste. Prezo a liberdade também. Sempre. Gosto de crianças gordinhas. São mais fofas e, em sua maioria, são mais legais. Gosto de dançar. Sozinha de preferência. Gosto de francês. Oui, acho uma linguagem charmosa. Gosto de bala de gelatina. E gosto do fato de ser difícil de mastigar. Gosto do meu time. Vascaína com muito orgulho. Gosto da minha família. Dos meus amigos. Mas ok, isso já é clichê. Gosto de estralar os dedos dos pés. Gosto do verde. Gosto de mato. Gosto mesmo. Trilha, escaladas, cachoeiras. Me sinto em casa. Gosto de arqueologia. De artefatos líticos e afins. E gosto também de fazer uma auto-análise às vezes. Me faz gostar mais de mim. 

Me, myself and I

A sociedade exerce uma influência enorme em cima de cada um de nós. E essa influência, algumas vezes, cria seu outro-eu. O que seria esse outro-eu? É uma personalidade baseada na sua relação com os outros. Sejam amigos ou qualquer outra pessoa do seu cotidiano. É o simples fato de você sentir ou pensar em algo completamente diferente do que você pensa e sente realmente só para ser aceitável pelos outros, admirado por eles. Não é questão de ter dupla personalidade. É questão de você ter uma personalidade fixa e uma outra que surge e se altera dependendo do "público alvo". Cabeça fraca. Influenciável, em outras palavras.
Essa variação de personalidade não te faz uma pessoa melhor perante os outros, mas na verdade, os deixa confusos sobre quem você realmente é.
Uma coisa são formas de tratamento. A forma com que você age com os seus avós, obrigatoriamente vai ser diferente da forma com que você trata os seus amigos. Mas os valores não mudam, o seu jeito não pode mudar, porque senão, quem você vai ser afinal?
Não há necessidade de se subverter a algo que você não é só para agradar terceiros. As pessoas têm que gostar de você como você é, e não da forma que mais agrada a elas. Ou você vai parar de comer maçã só porque o bonitão da sua sala não come? Ao chegar em casa você vai comer e pronto. Do que adiantou se portar dessa forma?
De nada adianta todo esse teatro. Uma hora a máscara cai e quem perde nisso tudo é você. Pois as pessoas acreditam em um você diferente, em um você que sempre agiu da maneira como elas gostavam que você fosse. E na realidade, quem tem que gostar de você mesmo, vai gostar de qualquer forma. Com você comendo maçã ou não. Rs


domingo, 10 de abril de 2011

O que te desgasta?

Me desgasta o ser humano estar do jeito que está. Me desgasta o egoísmo. A falta de valores. Me desgasta pôr roupa no varal. (rs!) Me desgasta essa falta de compromisso que todo mundo cisma em ter. Me desgasta essas músicas ruins e respectivas bandas que surgem atualmente. Me desgasta o fato de cada vez mais as pessoas não terem esperança numa mudança efetiva da situação em que todo mundo se encontra. Me desgasta esses ecobobos. A politicagem. Me desgasta o capitalismo tomar a frente em tudo. Me desgasta a manipulação (e muito). Me desgasta a ignorância, e como me desgasta. A incompreensão também. Me desgasta a falta de amor e o excesso dele. Me desgasta a superioridade. Me desgasta não ter água no filtro. Nem gelo. Me desgasta estar longe da minha mãe. Me desgasta chorar. Me desgasta esse mundo onde é tudo superficial, de plástico. Até os sentimentos. Me desgasta o Vasco perder. Me desgasta a Brahma ser 4 reais. Minha franja me desgasta. A saudade me desgasta, com o perdão da palavra, PRA CARALHO. Ah, me desgasta. Hoje tá tudo me desgastando. Até eu mesma.

"Her green plastic watering can
For her fake Chinese rubber plant
In the fake plastic earth
That she bought from a rubber man
In a town full of rubber plans
To get rid of itself

It wears her out, it wears her out
It wears her out, it wears her out."
(Radiohead - Fake Plastic Trees)

sábado, 2 de abril de 2011

Caminhoneiros, pedreiros e as cantadas baratas.

Fico frustrada quando um caminhoneiro buzina ou quando um pedreiro fala alguma gracinha quando nós, mulheres, passamos na rua. Eles não diferem se é feia ou bonita, gorda ou magra. Se não tem cenoura entre as pernas (salvo os travecos) eles lançam as benditas cantadas baratas sem nem pensar duas vezes. 
Acredito que isso seja tão natural quanto comer chester no Natal. Deve ser automático. Dentro da cabeça deles deve ter um sensor que quando passa alguma mulher ele apita, e independente de onde eles estejam, eles surgem do NADA. Tipo pomba, sabe? Você tá caminhando na rua sem incomodar ninguém e elas saem dos lixos, dos encanamentos e voam na sua frente, cagando em você ou soltando penas. Com os pedreiros é assim, onde você menos espera tem um pra te chamar de delicinha ou coisa pior. 
Me tira do sério isso. Dá vontade de virar na hora e lançar o dedão, mas minha mãe querida me deu boa educação e eu simplesmente finjo que não ouvi nada. 
Eles têm uma criatividade e tanto! Não sei porque desperdiçam ela numa obra. Outro dia tinha dois pedreiros numa obra e um deles soltou o baita elogio: "Hummm...quer ser a cereja do meu floresta negra?"
CARA, um pedreiro falando floresta negra! Rs. Eu quase parei e dei os parabéns por ser tão criativo. Podia falar chocolate do meu brigadeiro, meu doce de leite com queijo, coisas mais simples assim. Mas não, ele apelou pro floresta negra. Na hora que ele falou isso eu até olhei pra ver se ele não tava de terno. Vai saber, né. 
Prova para seleção de pedreiros para as obras deve ser assim: Loirinha bonitinha cruzando a esquina. Letra A, gostosa. Letra B, adoro uma loira. Letra C, de onde veio isso tem mais? Ou letra D, todas as alternativas acima estão corretas. Pronto, todos passam na prova de seleção, mas só ficam aqueles que sabem fazer um cimento, pregar um tijolo.
Ou eles podem pensar que estão fazendo um favor à humanidade nos elogiando. Acreditem, não estão. Às vezes a gente só quer andar pela rua, sem precisar ouvir um elogio sequer. E ok, isso não é só com os coitados dos pedreiros e caminhoneiros (alvos da minha crítica hoje), é com todo mundo! Tem horas em que só olhar já é um baita de um elogio, portanto, não desperdice suas palavras pra qualquer pessoa na rua. Vai que ela não tá num dia muito bom.

E aí gatinha, vai um tubaína com pão e mortadela?