segunda-feira, 14 de março de 2011

Ohana

Família é mesmo uma coisa insubstituível. A gente sente falta de um colo de mãe, de um afago que só as avós conseguem fazer, de uma bagunça com os primos, de umas risadas com os tios. Mas confesso, algumas pessoas sabem cumprir o papel de disfarçar a falta que eles fazem na vida de um universitário perfeitamente. 
A ideia que as pessoas têm acerca de repúblicas é resumidamente essa: Sexo, drogas e rock'n'roll. Só que se esquecem dos detalhes principais, da essência da coisa. São jovens - em sua maioria imaturos - reunidos em uma casa, enfrentando o dia-a-dia de uma universidade federal, passando dificuldades e sem UM bendito parente por perto pra recorrer se bater uma bad. Não é só boa vida não. Aqui a gente não grita "MANHÊÊ!" e o mundo vira arco-íris não. O que a gente passa não é publicado nos álbuns do Orkut em sua totalidade. O que nos resta? O apoio mútuo. Aí é que tá, por consequência do destino, acabamos nos tornando uma família. Família mesmo. Dessas que puxam a orelha e tudo mais. 
Quando falta o colo, o apoio ou surge um perrengue é nos moradores da casa em que nós encontramos um conforto de saber que "é, vai ficar tudo bem". E olha, vocês não sabem como isso é importante na vida de um ser humano. 
O engraçado é que surge do nada. Da pessoa que você menos espera receber algum tipo de afeto, na hora em que você menos imaginava. Isso me deixa feliz assim...de graça mesmo. 
Ok Luisa, o porque desse texto? Confesso que esses dias eu andava sem inspiração pra escrever nada. Acho que têm dias em que ficamos presos em certas convenções e que acabamos esquecendo de outras. Sempre achamos que nossos problemas são piores que os dos outros e por aí vai. Hoje teve reunião aqui em casa e o que parecia ser um "acerto de contas" se tornou foi mais um exemplo de como todo mundo, apesar das diferenças, é unido e acima de tudo...É família. Me despertou algo bom, me deu vontade de escrever, de chorar, de sorrir...Foi uma mistura de emoções que eu não sabia que ia sentir tão cedo. Foi amor, é amor, é família. E é muito bom saber que independente da hora, sempre dá pra contar com alguém aqui em casa.

Família ê, família á, família...

2 comentários:

Raphaela Sacchi disse...

Eu sempre digo isso aqui em casa também. Republicas não são só festas e zoação, são mais do que isso. Mesmo a mais bagunçada possível. Na hora do desespero, da saudade... todo mundo tá sempre disposto a ajudar e a te acolher como se fosse um irmão. Republica é família e minhas lagartixas, apesar do pouco tempo, são indispensáveis na minha vida.

Raphaela Sacchi disse...
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