quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Independência ou morte!

A nossa emancipação política de Portugal é comemorada no próximo dia 7 de Setembro, o dia em que ocorreu a fantasiosa história do "grito do Ipiranga". Mas isso não convém agora, pois o que quero retratar é a independência pessoal, a NOSSA independência. Quando ocorre?
Você tem 14 anos e reza pra fazer 15. Quando faz...Poxa, bem legal. Você tem 17 e...Caramba, ALMEJA os 18 anos como ninguém! Legal, você faz e descobre que não existe independência até você se virar sozinha. Você descobre que não tem dinheiro, que precisará trabalhar, que ninguém vai te sustentar. É, então você prefere viver na comodidade do dependente. Mas até quando? Até você ter coragem de enfrentar tudo que tiver pela frente, se desdobrar em 8 pra começar e fazer com que um salário mínimo de estágio que você ganha no início da faculdade dê pra pagar luz, água, telefone, as saídas, o supermercado e te sustentar até o final do mês. Você se enrola, você pede ajuda aos parentes e o que eles dizem? "Eu avisei."
Ou, até você ter um salário fixo, um trabalho bom e uma base de como se virar sozinha.
É o fluxo do fixo, você sempre será dependente de alguém. Dependente do trabalho, da faculdade, ou no meu caso, do colégio. Da família, até do seu almoço você é dependente: "- Se você não me comer, passará fome". Ta aí, não existe esse negócio de independência. Você na realidade depende de tudo. O que acontece é que com o tempo, você começa a ser dono do seu nariz, mas não independente. Sempre vão se meter na sua vida, sempre vão te julgar...Não importa o que você faça.

Você tem que saber conviver com isso e tirar o melhor que possa te oferecer. Ser dependente é ótimo, porém, não podemos nos acomodar a isso. Eu tenho 17 anos e ontem parei pra pensar na minha independência. Descobri que não posso gritar "independência ou morte" e sair cantarolando por aí. Vou arrancar risos e comentários de que provavelmente terei uma prova de história no dia seguinte.

foto por: daibentivi

2 comentários:

Douglas Lôrôssa disse...

O texto ficou interessante porque vc questionou o conceito de liberdade, mostrou bem o quanto ela é relativa.É claro, o contexto da época em que ele foi escrito tmbm o torna mais relevante.
Mas uma coisa e fato, quando vc fala sobre emoções, faz textos mais "peito aberto", eles ficam ainda melhores. Talvez seja seu dom falar de assuntos mais emocionais e menos analíticos. Pense a respeito.

Dan Vasconcelos disse...

Liberdade tem limite. Se limite pode significar dependência, não tem outro jeito a não ser conciliar nossos ideais com o que a vida proporciona. Viver bem é difícil, mas sairá melhor aquele que aprender a se moldar às situações. Demore o quanto tiver que demorar, custe o que custar. A hora certa sempre chega.

Parabéns por esse blog! Seus textos dizem o que muita gente quer dizer e não consegue soltar. Gostei muito, vou acessar sempre!!