terça-feira, 29 de setembro de 2009

Ladies and gentleman

Eu confesso que às vezes esqueço como alguns homens são cavalheiros.
Ontem eu estava voltando para casa, quando me deparo com aquela cena: Tem alguém perto de você, andando no mesmo ritmo (na maioria das vezes é um homem), o espaço só dá para passar uma pessoa e pelo menos na minha cabeça, eu penso: "Quem vai dar a vez pra quem?" e SEMPRE, repito, SEMPRE ficam os dois parados feito idiotas fazendo sinais com a cabeça para passar. É um constrangimento, porque sei que estou errada.
Desde pequenos, alguns homens já são ensinados sobre o famoso "cavalheirismo", só que ao decorrer da vida, muitos deles apagam isso da memória e passam a viver de igual pra igual e que se dane a gentileza masculina. (Em alguns casos, é claro).
Nós, mulheres, aprendemos a passar por cima disso, seja lá de forma educada ou não. Por isso é comum situações como esta acontecer. Os papéis se igualam ou até se trocam, é engraçado.
Depois de todo esse gesto com a cabeça eu decidi passar e os dois saíram rindo. Eu saí pensando: "Que cara educado". Mas isso não durou nem 2 minutos. Ele passou na minha frente, abriu um chockito e jogou o papel no chão, sendo que do lado dele tinha uma lata de lixo.
Ai ai, não pode elogiar mesmo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Ideologia, eu quero uma pra viver.

Eu tenho um professor que não é um dos favoritos entre a turma devido a seu modo grosseiro de ser, porém, pra mim ele é demais. Melhor professor de ... que eu já tive. O modo grosseiro não me atrapalha em nada, porque minha relação é com a matéria e não com ele.
Hoje iniciamos a matéria que tratava sobre questões ambientais. No decorrer da aula, ele deixou bem claro que falaria o que ele pensava em relação à isso tudo e que com essa aula nós veríamos as coisas com mais "clareza". Até aí tudo bem, só que a questão da clareza se tornou um pouco radical demais à nível de aula.
Na minha opinião, professor tem que entender a diferença entre "pregar" uma ideologia e expor uma opinião. Duas coisas completamente diferentes, porque na maioria das vezes você não sabe com que público está lidando, ainda mais num curso pré-vestibular.
Mas vamos ao que interessa.

1. "Vocês acham mesmo que tudo, o universo, as coicidências, as coisas cotidianas, acontecem/foram feitas porque Deus quis, ou alguém superior?"

Primeiro, religião é uma coisa que não se debate. Cada um tem a sua cultura, acredita no que convém e essa é a opinião dele, não me atingiu, mas mesmo assim ele de uma forma ou de outra impôs fazendo com que nós concordássemos com algo em que ele acredita.

2. "Se as baleias morrerem, forem extintas, não fará falta alguma ao planeta. O meio ambiente se adaptará para cumprir a função que elas exerciam. Ficar preservando miquinho, dizer "Salve a floresta" é bobagem."

Ok, como sempre estamos em processo evolutivo, isso com certeza pode ocorrer, mas com tamanha diversidade de danos que estão causando na Terra, quem sabe se o meio ambiente se adaptará? Pode gerar uma adaptação com falhas. Preservar é sempre uma ótima opção e as baleias, ou qualquer outro animal tem tanto direito quanto a gente de viver. Não vou matar uma onça pra pegar a pele dela e fazer um casaco, só porque ela não fará falta. O que faltou foi bom senso, e não dos animais, dele.

3. "Eles só querem a preservação da floresta amazônica porque convém, quando se cansarem dela, vão asfaltar tudo aquilo. O oxigênio vem do oceano e não das árvores. Ela não é o pulmão do mundo."

Meu Deus, ou ele é revoltado com o mundo ou ele é radical demais. Porque tudo tem que destruir? Porque tudo é imprestável? Sinceramente, ele aplicou a opinião dele. Ok, eu respeito a forma com que ele pense, só que eu não sou obrigada a concordar. E como ele não ouviu nada do que disseram salpicado na sala, eu registro isso através do meu blog.
Fulano, reveja sua forma de dar opinião, pois, dessa forma um dia você vai ouvir o que não quer.
De resto, a conversa foi bem esclarecedora em alguns pontos, ele só radicalizou demais. Não tenho moral alguma para avaliar a aula, mas que fique bem claro que estou discutindo a opinião dele, até porque ele é um excelente professor.
E finalizando, não disse o nome por questão de ética. Mas quem presenciou, provavelmente em partes concorda comigo. (Ou com ele)
É isso galera, baisers!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Independência ou morte!

A nossa emancipação política de Portugal é comemorada no próximo dia 7 de Setembro, o dia em que ocorreu a fantasiosa história do "grito do Ipiranga". Mas isso não convém agora, pois o que quero retratar é a independência pessoal, a NOSSA independência. Quando ocorre?
Você tem 14 anos e reza pra fazer 15. Quando faz...Poxa, bem legal. Você tem 17 e...Caramba, ALMEJA os 18 anos como ninguém! Legal, você faz e descobre que não existe independência até você se virar sozinha. Você descobre que não tem dinheiro, que precisará trabalhar, que ninguém vai te sustentar. É, então você prefere viver na comodidade do dependente. Mas até quando? Até você ter coragem de enfrentar tudo que tiver pela frente, se desdobrar em 8 pra começar e fazer com que um salário mínimo de estágio que você ganha no início da faculdade dê pra pagar luz, água, telefone, as saídas, o supermercado e te sustentar até o final do mês. Você se enrola, você pede ajuda aos parentes e o que eles dizem? "Eu avisei."
Ou, até você ter um salário fixo, um trabalho bom e uma base de como se virar sozinha.
É o fluxo do fixo, você sempre será dependente de alguém. Dependente do trabalho, da faculdade, ou no meu caso, do colégio. Da família, até do seu almoço você é dependente: "- Se você não me comer, passará fome". Ta aí, não existe esse negócio de independência. Você na realidade depende de tudo. O que acontece é que com o tempo, você começa a ser dono do seu nariz, mas não independente. Sempre vão se meter na sua vida, sempre vão te julgar...Não importa o que você faça.

Você tem que saber conviver com isso e tirar o melhor que possa te oferecer. Ser dependente é ótimo, porém, não podemos nos acomodar a isso. Eu tenho 17 anos e ontem parei pra pensar na minha independência. Descobri que não posso gritar "independência ou morte" e sair cantarolando por aí. Vou arrancar risos e comentários de que provavelmente terei uma prova de história no dia seguinte.

foto por: daibentivi